domingo, 22 de junho de 2025

Querido Richard

 



Querido Richard

Daqui
Tenho os olhos no céu
E desejo voar.

Estar com você, Richard,
E sentir o vento.
A soprar mudanças
Que me fariam esquecer, Richard,
Os murmúrios, os lamentos,
E toda consumição da Terra.

Há limites, Richard,
E aqui, são bastante estreitos:
Não cabe o amor.
A fé e os sonhos são profanos.

Silenciosos gritos de dor, Richard,
Adormecem os que alcançarão a distância
No sono profundo
Da separação.

                                                                
                                                                            11 de julho de 2001

Do livro MESTRIA DO OLHAR - CAMPOS, Hyêda de Miranda - Litteris Editora - 2006 pág. 24

Ilustração: Personagem Perdida 

Colagem integrante da Exposição Poéticas da Junção (2024- 2025)

PRA COMEÇAR: UMA HISTÓRIA (Para Richard Bach)



Quando a tempestade se aproxima
O vento traz de volta a sua história
E na cidade deserta, posso ver você

Acima da miséria humana, Richard, você voa.
Acima das nuvens negras que nos cobrem
Você contempla o sol.

E a tristeza ficou cravada ali
A torturar todos que ousam desafiar as leis.
Não há tréguas aos que nasceram para ir além
Também não há satisfação na Terra .

Os manuais são enterrados com os sonhos.
Logo nas primeiras páginas
Há que se desenvolver a intuição.

O tempo, Richard, não prendeu você
E se eu pudesse agora, erguer-me tão alto
Veria o sol
E não pensaria no meu próprio e triste fim!

Ouço sua história NO VENTO
e ela não termina assim

Sei que às vezes adormeço mais cedo
Sempre sozinha
Sei que aprenderei a usar minhas asas
Para encontrar um amor de verdade.

( Texto do livro Mestria do Olhar - CAMPOS, Hyeda de Miranda - 2006)
Pag. 12

Imagem Francisco Coutinho
Colagem integrante da Exposição Poéticas da Junção 
Artes Visuais (24-25)

sábado, 26 de abril de 2025

Poesia no Cinema

     Estava agendada a projeção para 25-04, fechamento do Projeto ACADECINE, da Academia Rio-vermelhense de Letras e Arte.

    Aprendi com Raul que 'tudo acaba onde começou". Assim sendo, cedi à inspiração e me deixei levar pela gratidão e todos os momentos bem vividos nesse lugar .

    Aqui foi o cenário perfeito para a realização de muitos sonhos!

    Os curtas-metragens inspirados em duas obras literárias ganharam vida aqui. 

    Gratidão e encantamento, agora em poesia!


PEDRA MENINA

Minha cidade é o Rio
Vermelho como o meu coração 
Mas meus olhos grandes
Têm pupilas de Pedra
Pedra Menina 
Menina dos meus olhos!
Que em suas montanhas
Repousam e sonham
O sonho mais lindo de uma terra encantada!

Aqui
O vento nos despenteia carinhosamente 
Brinca com nossa alma sensível 
Sopra POESIA!
Aqui, onde a Pedra é Menina
Menina dos meus olhos
A mesa é farta 
Com risos e apertos de mãos!
Suas ruas, passarelas
Suas flores, aquarelas
E o amor sorri em suas janelas!
Aqui a montanha que inspira
Inspira voos!
Vejo paragliders no céu azul!
Azul tão claro
Cinza, de repente…
Escuro!
Vento e chuva!
Ah até suas tempestades encantam!
Porque são certeza da colheita e do arco-íris!

Água!
Água da fonte!
Da gruta, símbolo de beleza e fé!
E das muitas cachoeiras que aqui caem
Onde banhar-se é batismo e ressurreição!

Meu Rio
Vermelho como meu coração
É mais bonito às pupilas de Pedra Menina
Do céu ao chão 
Com toda sua poesia 
Fonte de inspiração!

Hyeda Miranda 
20/04/2025


domingo, 9 de fevereiro de 2025

Cultura e Arte em Rio Vermelho

 





Em 31 de janeiro, comemora-se o aniversário de Emancipação Político-administrativa de Rio Vermelho. Por muitos anos celebrei essa data com poesia.

Chegou a vez de me mostrar como artista visual. Assim, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, escolhi que minha obra seria inspirada no primeiro bem tombado da nossa cidade. 

Foram nove dias de trabalho árduo na construção da obra descerrada em momento festivo!

Essa é a foto representada na obra. 



Vejamos a cerimônia, disponível no YouTube! 




Fotografia da obra
IGREJA O ROSÁRIO - RIO VERMELHO MG
De: Hyeda de Miranda Campos

Recorte e Colagem 1,20m X 1,20
Janeiro de 2025



POÉTICAS DA JUNÇÃO


 Poéticas da junção.

Colagens, assemblages e encaixes nos trabalhos de Hyeda Miranda e Uoster Zielinski.

Hyeda Miranda, poeta e artista visual, apresenta 20 trabalhos onde sua produção e pesquisa de materiais ecoam formas, cores, texturas e objetos por meio de colagens, cujo resultado abre um campo de conversa com Matisse e o automatismo dos movimentos Dadá e Surrealismo. O artista visual Uoster Zielinski expõe 6 objetos e 1 aquarela, que dialogam com as práticas do sincretismo religioso brasileiro. 

Público: livre.

Visitação: Terça às sextas-feiras, das 9h às 19h.

Sábados, das 9h às 17h.


REGISTROS & AGRADECIMENTOS no link abaixo











sábado, 8 de fevereiro de 2025

ARTES VISUAIS

     Nascida da intenção de ilustrar poemas, passou pela deficiência em traçar linhas e foi crescer nas formas recortadas por uma tesoura grande que ao se chocar com as cores dos anúncios impressos em revistas tonou-se arte! 

    Renomeou-se então para RECORTE & COLAGEM esse trabalho que nunca almejou além da tela de um computador. Como parte essencial do DNA, a POESIA para quem nascera como acessório também serviu-lhe de nome. Apelidado ainda de Mosaico, acabou acolhendo o parentesco! 

Antes, em outros tempos, houve também essa tentativa que por não ser devidamente alimentada, não floresceu.

Registro aqui meus agradecimentos a Diana Cristina Campos e Rodrigo Leal que abriram as primeiras portas!

Em 03 de dezembro de 2005, em evento de Rodrigo Leal em prol do Abrigo São Vicente de Paula



Centro de Formação Profissional

 Auditório Coronel Caetano Vasconcelos

 Belo Horizonte - MG

24 de Março de 2008


                          

    Em 2012 houve uma retomada da ideia de compor painéis de poesia com textos e imagens. 
Apenas uma obra foi concluída e exposta, em frente e verso abrigando Camila e o Epitáfio da Arte e Cantiga da Roda da Vida. 

 





Visando participação no Sarau Virtual Mande Notícias a convite do Professor Doutor Uillian Trindade me vi na obrigação de produzir novas imagens, ou finalmente mostrar as concluídas. 




Foram três edições que me encorajaram na retomada das artes!  A produção e publicação do Catálogo Virtual tornou-se uma grande galeria e abriu minha visão para uma nova linha. 
Acabava de nascer uma ARTISTA VISUAL.

Assim, em 2024 o Espaço Cultural e Café Mir@nde-se deu notoriedade ao meu trabalho, apresentando 14 obras e despertando o olhar da Produtora Cultural Livia Dayrell que logo originaria 
POÉTICAS DA JUNÇÃO!


Zé Maurício

 


Vamos aos resultados de esforços anteriores, fatos que esperávamos acontecer e projetos propostos! Vamos aos resultados!

Publicado no ano de 2003, o livro Zé Maurício, ganhou o coração dos leitores. Prosa poética com linguagem simples logo se tornou marca do regionalismo complementada por uma carga de emoções e simplicidade.

Em 2011, o livro Laços, lançado pela Litteris Editora seguiu o mesmo caminho. Prefaciado por Carlos Herculano Lopes retrata as heranças culturais de uma geração atravessando para um novo tempo.

Em março de 2024 os dois sucessos literários foram acolhidos pela Litteris Editora compondo uma única publicação que pode ser conferida no link abaixo.


Também a aprovação do projeto de produção audiovisual das obras aconteceu através da Lei Paulo Gustavo, em edital da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Rio Vermelho.

Vale a pena conferir!



Boa leitura!