domingo, 31 de julho de 2022

AGOSTO

 Tenho pelo mês de agosto forte predileção pela sua capacidade de impor claramente a urgência que é viver. 

Tempo de movimento.

Quando a água parada do comodismo se sacode e revela o lodo do fundo da alma.

Feliz daquele que tem luz, porque nessa hora brilha como os espíritos que vemos nas gloriosas ilustrações. 

Para mim o movimento é lodo.

E hoje quero limpar,  entornar, transpor.

Sei da dor que isso causa. Sei também que nada pode doer mais que a espera. Principalmente quando não há esperança e sim desespero.

Esperar que as pessoas respondam quando nunca foram perguntadas... e que se importem quando nem sequer sabem o que se passa. Esperar que

 cheguem se não há lugar algum para ir...

Meu hoje não é mais um dia. É um dia único... estou um dia a mais perto da morte.