sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Mãos

Uma canção pode mover montes
Quando vem no vento pode trazer sementes.
Cordas de violão são linhas do horizonte
E em suas mãos tocam o coração da gente!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Histórias


HISTÓRIAS



Num tempo muito distante...

Numa terra linda entre as montanhas...

Um Rio.

 

Nascer em Rio Vermelho

Vale do Jequitinhonha

Interior de Minas Gerais...

É ser predestinado a uma vida de muitas batalhas!

É ser privilegiado pelo umbigo enterrado

Nas tantas lendas contadas pelos nossos antepassados.

É saber acolher de braços abertos e sonhar com dias melhores.

 

Tomar banho de cachoeira

Ouvir o sino da Matriz

Reclamar da poeira

Festejar e ser feliz

 

Ser riovermelhense é

Conhecer como ninguém

O sabor do melhor queijo

E o poder da cachaça mais cobiçada

 

É encontrar-se no centro de BH

E gastar meia hora

Só perguntando pelas outras pessoas...

 

Ser riovermelhense é tudo isso!

 

É abrir os olhos pela manhã

Vendo diante de si

A maior fonte de inspiração para a vida.

 

Quando se está longe

É chorar de saudade

E se envolver em lembranças.

 

É desde cedo

Aprender a contar histórias

E delas construir a sua própria.

 

De página em página

Comemora-se agora 75 anos de emancipação política.

Parabéns Rio Vermelho!

domingo, 13 de janeiro de 2013

O jardim


O JARDIM

Como é doce estar se afogando

E assim sentir todas as coisas

Vindo à tona

A terrível dor

Que a gente mesmo inventa

No fundo do abismo

Que a gente mesmo cava

 

Oh Deus!

Esse jardim é um cemitério

Todos aqueles sonhos

Vão dar no mesmo precipício!

 

Quando me olho

Sinto saudade

Daquela garotinha que acreditava em tudo

E que morreu de frio

 

Abriu as asas na chuva fria

E viu as luzes do céu se apagando

Em um show que nunca mais se esqueceu

 

Ela se plantou nesse jardim

Morreu depois que caiu das nuvens

Seu cavalo alado não voa mais

O que lhe resta é a busca de um amor

 

E isso é tudo

Depois que ela mesma desapareceu.

 

( Rosa 1998 )


 

 

 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

REFLEXO - AVESSO DE MIM



Planejo ser o avesso do que sou

Floresço quando me seco

Emudeço quando posso sussurrar

E quando as feridas estão expostas

Eu bailo

Enquanto deveria me esconder

Retiro a máscara em meio à festa

Limpo a maquiagem antes da foto

E o sorriso

Que a mim não mais pertence

Ecoa

Como gargalhadas por entre as carpideiras imbecis

Que sobre o berço da recém-nascida poesia

Respiram e espalham as cinzas de Fênix.


Ave

Avesso de mim!
 
 
Texto integrante da XI Antologia Internacional Palavras no 3 Milênio - 2014