Querido Richard
Daqui
Tenho os olhos no céu
E desejo voar.
Estar com você, Richard,
E sentir o vento.
A soprar mudanças
Que me fariam esquecer, Richard,
Os murmúrios, os lamentos,
E toda consumição da Terra.
Há limites, Richard,
E aqui, são bastante estreitos:
Não cabe o amor.
A fé e os sonhos são profanos.
Silenciosos gritos de dor, Richard,
Adormecem os que alcançarão a distância
No sono profundo
Da separação.
11 de julho de 2001
Do livro MESTRIA DO OLHAR - CAMPOS, Hyêda de Miranda - Litteris Editora - 2006 pág. 24
Ilustração: Personagem Perdida
Colagem integrante da Exposição Poéticas da Junção (2024- 2025)