IRREGULLAR
O que é isso José?
José de Ribamar!
De Ribamar Ferreira!
Ferreira Gullar!
Um
Pouco Acima do Chão
São Luiz do Maranhão
Cretino e Neoconcreto
Teatro
de Opinião
Uma Luz do Chão
Setenta e duas horas de interrogação
O que é isso José?
Esse Poema Sujo a jorrar do seu coração!
Boa viagem José
José de Ribamar
De Ribamar Ferreira
Exilado Gullar
Na
Vertigem do Dia
Ou Dentro da Noite Veloz
Jorrai torrente poesia
E afogai a todos nós!
Porque tenho da poesia a fome
Fome estranha que não sacia
Fome ferrenha, fome vulgar
Fome Ferreira, fome Gullar
Eis a dor e a tortura
A muda injustiça que me consome
Se
correr o bicho pega
Se
ficar o bicho come
Além dos limites do mercado
Do preço da farinha e da vergonha
Barulho
Muitas
Vozes
Ser poeta é coisa medonha!
A
Luta Corporal
O
Vil Metal
O santo morto pelo homem mau
Os soldados armados de paz
Amados demais
Que Por Você e Por Mim
É claro, não existem mais!
Ser poeta é coisa medonha
Ofício de mortos
Que pela morte se vive
E pela vida se sonha
Sonho sonho
A sonhada
Poesia
contra o muro
duro
ameno ameno
menos que duro
menos que ameno e duro menos que sonho e escuro
escuro
mais que escuro
claro:
como alma? como poesia? claro mais que claro: coisa
alguma
E tudo
Sonho ( ou quase)
Que o meu verso fabrica e vem
Sonhando desde as entranhas
Sonho
Era fato
Sonho
Era o ralo
Sonho
Um sonho raro
Sonho
Mo nos si lá bi cu.
CAMPOS, Hyeda de Miranda
21:32:22
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
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