169 anos
Desde a
travessia dos mares e das noites
Dos gritos
da escravidão
Da chibata e
do açoite
Do engenho
sem coração
Desde que a
escuridão encheu os olhos
Daqueles que
não amanheceram
Depois de
muito lutar
E gravou seu
canto no vento
Nos braços
em movimento
Contra
canaviais a derrubar
A mais de um
século
Repete-se o
eco libertador
De filho,
pai e avô
Mãe preta,
Sinhá, Senhor
Se a vida
não muda a cor
Na pele
perdura a dor
A fúria e a
euforia
A caminho do
mar sem norte
A tão
sonhada alforria
A volta, a
fuga, a morte!
E o eterno
abolicionista
Faz da
juventude seu patamar
Da poesia
sua arma
E da Casa
Grande o seu lugar
Castro Alves
escreveu além do tempo
Poesia e
emoção ao mundo inteiro
Trazidas nas
velas do triste lamento
Do seu
eterno Navio Negreiro.
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