Aguiar
E
lá vem o destemido jovem
Cavalgando:
Afrânio
Justiniano
Quando
Guanhães os rejeitou...
Sabinópolis
os recebeu!!!
E quem sabe
o que quer da vida
Sabe a
direção do vento
Faz o
caminho da tropa!
Tropeiro
Senhor da
tropa
Desbravador!
Pelo caminho
de pedras
Uma flor
Violeta
Amor!
Violeta não
esteve na janela
A enfeitar,
a sonhar sonhos de menina.
Violeta
floresceu rapidamente
Mudou de
terra sem perder as raízes
De um
antepassado histórico negro e índio!
Agora se
misturando a uma raça branca e imponente.
Resultado:
GENTE!
Transportados para a nova terra
´idice e jadir
Esperando a chegada de Valdir.
Aldo
Ruth
Neuza
Dinorah
Albina
Carlita
Élcio
Hilma
Cácio
Graciola
Leda
E como num
conto de fadas
Na terra
encantada
Na fazenda
Vista Alegre
Viveram e se
alegraram por muitos anos!
Cresceram e
se multiplicaram.
E aqui
estamos nós: PRiMOS!
Forte é o
elo que nos une!
As
lembranças que nos apertam os nós e enchem os olhos de água!
E a fazenda
Vista Alegre se alegra em nós
Revive
Floresce
Traz flor,
Violeta, nossa flor!
De mãos para
traz, e arrastando a conga azul clara.
Seus óculos
de lentes grossas que tudo viam
Desde o
bicho de pé retirado com o punhal
Até a medida
da farinha cozida no copo de alumínio.
Flor que
para todos os males tinha um remédio
Uma
simpatia,
Homeopatia,
quem diria!
Ah vovó
doutora
Sarai-nos
todos os dias!
Afrânio
homem de negócios
Que tirou da
terra o sustento para tantos
E ensinou a
todos: honestidade e trabalho.
Que Deus o
tenha com seu humor
Seu amor,
vovô, é de tirar o chapéu.
Sua força e
seu carinho estão em todos nós
Até o
reencontro no céu!
Mas este não
é um poema para nos fazer chorar
Recordações
são preciosas
Felizes
E só vou
prosseguir se cada um sorrir:
Atire a
primeira pedra
Quem nunca
caiu do balanço no pé de jatobá.
Quem nunca
trapaceou na divisão da jaca
Quem nunca
pegou piolho de galinha no pé de ameixa???
Nunca passou
aperto na porta da casinha
Que parecia
longe demais para a pressa com que vinha a necessidade...
Quem não se
lembra do balaio de sabugo...
Das
lamparinas? Que deixavam negros pavios no nariz...
Quem nunca
correu do louro?
Ou do
estalar do chicote que era para os gatos?
Quem nunca
subiu no caixote de rapadura, se achando grande?
Quão curioso
era o quarto da Tia Lica... só dela!
Quem não
roubou biscoito de goma da tia Bininha?
Riu com ela
o dia todo e morreu de medo do ronco dela a noite?
Quem?
Quem não
petiscou massa de queijo na banca e nem comeu sal grosso, escondidinho?
Quem nunca
teve medo dos casos de assombração na fogueira?
E quem nunca
dançou ao som da radiola de pilha
Com um só
compacto para toda a noite?
Ser feliz é
isso!
É ter uma
raiz profunda
Uma
estrutura forte
E frutos
perfeitos!
Somos todos
de mesma raiz!
O povo que a
beleza não esqueceu!
Sim!!!
Quando alguém é belo, logo se vê: é Aguiar!!!
O povo de
Afrânio é um povo lindo!
É um povo
que ama e é feliz.
Uma beleza
que envolve histórias diversas.
Uma beleza
que inspira a poesia mais doce e sincera
Uma beleza
além da visão.
Essa beleza
que nos dá asas,
Que nos
seduz
Que nos
encanta!
Mais que um
mistério, é para nós um brasão.
É tesouro
É orgulho:
PAVÃO!
Seu
majestoso grito
Seu azul
real tão bonito!
Seu leque
aberto era a grande atração!
E hoje, não
pode ser diferente.
Parte de nós
Da realeza
masculina
Da sedução
Do orgulho da
raça
Da beleza
infinita e misteriosa
Minha amiga Hyeda de Miranda Campos, que lindo poema!
ResponderExcluirAmei!!!
Ficou perfeito!