Imperdoável
Vida longa aos Mestres
Vida louca aos poetas
Vitalidade aos leitores
De linhas tortas e retas!
Longevidade aos caminhantes
Aos viajantes
Aos visitantes
Aos navegantes
Que sem aviso adentram novas páginas
E tornam-se amantes
Da literatura cafetina
E suas letras insinuantes
Da poesia feminina
Em sua página de rameira
Da meretriz que a escreve
De má procedência e pior maneira
Do calor comunicado nas bordas
Nas pontas dos dedos que teclam
Que tocam
Entrelinhas
Edição inteira
Inteiramente, mentirosa e faceira
Fascinante, libertina!
Outrora doce menina
Ousada poeta
Que sem nenhuma melodia
Dá-se noite e dia
Ao dicionário
Proprietário
Da solidão
Corpo, alma e coração
Vazios
Em vão
Somente uma sinfonia
Do pecado a libertaria
A se perder na salvação
Na poesia
Sem paixão
Secura
Sem cura
Obsessão
Quando enterrada
Faça a
ela uma canção
Não precisa nem ser bela
Seja de gozo, de excitação...
Contenha gritos
Irrestritos
Que silencie em sua eterna solidão
Solo
Sem perdão!
Belo poema... Na linguagem certa... Um tesão de poesia.
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