segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

REFLEXO - AVESSO DE MIM



Planejo ser o avesso do que sou

Floresço quando me seco

Emudeço quando posso sussurrar

E quando as feridas estão expostas

Eu bailo

Enquanto deveria me esconder

Retiro a máscara em meio à festa

Limpo a maquiagem antes da foto

E o sorriso

Que a mim não mais pertence

Ecoa

Como gargalhadas por entre as carpideiras imbecis

Que sobre o berço da recém-nascida poesia

Respiram e espalham as cinzas de Fênix.


Ave

Avesso de mim!
 
 
Texto integrante da XI Antologia Internacional Palavras no 3 Milênio - 2014
 

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