domingo, 2 de janeiro de 2022

CHUVA

 Quem me dera que a chuva

Me lavasse a alma

Aliviasse meu desejo

E me ensinasse ser de passagem.

Porque ser intensa dói!

Queria ser como a chuva

Se não soubesse meu próprio ciclo

Me concentrar , condensar e cair...

Depois a escuridão e o centro da terra...

E onde fica a poesia? 

Fica em um corpo

Molhado pela chuva.

E ao que chamamos vida

É a evaporação

A paixão 

Que somente o coração pode sentir.

Dói saber o quanto é breve!

Mas a intensidade 

É o que mantém o ciclo.

E a seca pode ser ainda mais intensa!

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