quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ENTRE TANTOS OUTROS


ENTRE TANTOS OUTROS

Os sonhos crescem
Como os olhos aprendem a chorar
Os bailes continuam acontecendo
Tanta droga que se injeta num palco
Tantas fases que passam num telão
Como é estranho o final de semana
Os homens apodrecem numa casa de muros altos
Sabendo que lá fora há vidas
Há flores e há feridas
Há ruas, avenidas
Há crianças que crescem
Os bichos choram sobre o muro
Como um solo de guitarra
E voam numa canção triste
Na voz de um segundo
E brilham no escuro
Sei, ouvi dizer
Que tudo vai passar
Hei, olha o azul do céu
Onde passam bruxas
Luz, sol e mel
E os discos não encontram espaço
Onde voam pensamentos descoloridos
Que caem no abismo
Anjos sem asa
E brotam na canção
E seguem a reta reticente
Que compõe a história
Que ninguém conseguiu contar
Que continua a crescer
Sem razão
Razão sem ter
Razão de ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário