ENTRE TANTOS OUTROS
Os sonhos
crescem
Como os olhos
aprendem a chorar
Os bailes
continuam acontecendo
Tanta droga
que se injeta num palco
Tantas fases
que passam num telão
Como é
estranho o final de semana
Os homens
apodrecem numa casa de muros altos
Sabendo que
lá fora há vidas
Há flores e
há feridas
Há ruas,
avenidas
Há crianças
que crescem
Os bichos
choram sobre o muro
Como um solo
de guitarra
E voam numa
canção triste
Na voz de um
segundo
E brilham no
escuro
Sei, ouvi
dizer
Que tudo vai
passar
Hei, olha o
azul do céu
Onde passam
bruxas
Luz, sol e
mel
E os discos
não encontram espaço
Onde voam
pensamentos descoloridos
Que caem no
abismo
Anjos sem asa
E brotam na
canção
E seguem a
reta reticente
Que compõe a
história
Que ninguém
conseguiu contar
Que continua
a crescer
Sem razão
Razão sem ter
Razão de ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário