SOMBRAS
Assim como um anjo caído
Um gigante adormecido
Vou olhando aquele céu
O céu cinzento
O azul sonolento que se apaga
Anjos outrora azuis
São olhos negros do mal
São sombras incandescentes
Que despertam a noite eterna
São manchas inconscientes
Que dão força ao vento
Que agitam o mar
Que causam tormento
São luzes apagadas
Formas inanimadas
Em cavalos alados
Prisioneiros assustados
Rumo ao fim
São assim como palavras
Usadas para expressar o nada
Que é mais que absurdo
E talvez compreendidas
Estragariam meu faz de conta.
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