CONTRA O TEMPO
O que és tu, rocha
Quando o mar te toca?
Cobre-te de espuma
Que refresca e
acaricia...
O que és tu, rocha,
Quando o vento
Contorna tua silhueta
disforme
E repousa na tua inércia?
O que és?
O que antes fostes, nem
te lembras...
Talvez
Intransponível rochedo
Que na profundidade de
tua solidez
Acreditou cercar o mar
E a ele impor limites?
Quantos ventos te
contornaram!
Quanta espuma banhou
teu corpo!
Quantas histórias
conhecestes,
Da vadiagem do vento e
das marés?
O tempo vem perguntar:
O que és?
O que serás?
<UMA
ROCHA
MUDA
LENTAMENTE
NOS
ABRAÇOS DO MAR>
Jair
Barbosa
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